Uso de energia solar cresce no Oeste Paulista e tem retorno rápido para quem investe

  • 04/11/2025
(Foto: Reprodução)
Mais de nove mil placas solares instaladas no campus II da Unoeste Presidente Prudente O uso da energia solar tem crescido em ritmo acelerado na região do Oeste Paulista. Considerada uma alternativa sustentável e econômica, a tecnologia tem atraído moradores e empresas interessados em reduzir gastos e contribuir para o meio ambiente. Na região do Oeste Paulista, de janeiro de 2024 até outubro de 2025, uma única empresa já instalou 1.502 sistemas. Aylton Barroca, sócio fundador da BRAenergy, localizada em Presidente Prudente (SP), afirma que 90% dos clientes são residencias. 📲 Participe do canal do g1 Presidente Prudente e Região no WhatsApp “A vida útil dos painéis solares é, em média, de 25 a 30 anos, mantendo boa eficiência ao longo do tempo, com pequena perda de desempenho anual (cerca de 0,5% por ano)”, reforçou o especialista. As cidades que contam com mais instalações de painéis solares pela empresa são Mirandópolis (SP), Presidente Prudente, Presidente Venceslau (SP), Mirante do Paranapanema (SP), Presidente Epitácio (SP) e Bataguassu (MS). “Mesmo em dias nublados ou chuvosos, os painéis continuam gerando energia, porém com rendimento menor — geralmente entre 30% e 70% da capacidade máxima —, pois ainda há luz difusa atravessando as nuvens”, destacou Aylton. Já em casos de fortes chuvas e ventos, os sistemas de energia solar são projetados para resistir, desde que a instalação seja feita corretamente. As placas possuem vidro temperado e estrutura de alumínio, suportando granizo e ventos de até 150 km/h, dependendo do modelo. “Danos só costumam ocorrer em situações extremas, como tempestades muito intensas ou má fixação das estruturas”, pontuou. Painéis de energia solar instalados em casas e comércios na região de Presidente Prudente (SP) Aylton Barroca/Arquivo pessoal Investimento A vida útil dos painéis solares é, em média, de 25 a 30 anos, mantendo boa eficiência ao longo do tempo, com pequena perda de desempenho anual (cerca de 0,5% por ano), continuou o eletricista. O módulo fotovoltaico (placa solar) tem o peso aproximado de 30kg e medidas de 1,15 x 2,38 metros. Confira os principais benefícios e impactos, conforme o especialista: Redução de até 90% na conta de energia; Valorização do imóvel com a instalação do sistema; Proteção contra aumentos nas tarifas de energia elétrica; Baixo custo de manutenção; Contribuição ambiental, reduzindo a emissão de gases de efeito estufa e o uso de fontes poluentes. Enquanto o valor investido em um sistema de energia solar varia conforme o tamanho do consumo e o tipo de imóvel: Residências pequenas: a partir de R$ 9 mil a R$ 12 mil; Residências médias: entre R$ 20 mil e R$ 35 mil; Empresas ou grandes consumidores: acima de R$ 50 mil. “O retorno do investimento costuma ocorrer entre 2 a 3 anos, dependendo do valor da conta de luz, da taxa de sol na região e da tarifa de energia da concessionária”, finalizou Aylton Barroca. Usina de energia solar em universidade Em Presidente Prudente (SP), os dois campus da Universidade do Oeste Paulista (Unoeste) produziram mais de 30 milhões de KWh desde a instalação, a partir de 2019. Na época, foi considerada a maior usina solar de geração distribuída de SP. A área da usina solar fotovoltaica, no campus II da universidade, equivale a mais de quatro vezes o campo do maior estádio do país: o Maracanã, em que a quantidade de energia produzida seria suficiente para abastecer 2,5 mil residências, comparando com consumo urbano. Mais de nove mil placas solares instaladas no campus II da Unoeste em Presidente Prudente (SP) Unoeste/Reprodução Ao g1, o engenheiro eletricista do Departamento de Obras (DPO) da universidade, Ednei Zaupa, afirma que o investimento avaliado em R$ 10,5 milhões foi pago em menos de 60 meses (cinco anos). “A energia gerada no campus II abastece em 100% o local [com mais de 286 espaços/salas]. O excedente é enviado para as maiores unidades consumidoras do campus I. Com a instalação destas novas usinas em Presidente Prudente, podemos afirmar que a universidade produz 85% de toda a sua energia consumida atualmente”. Recentemente, o ginásio de esportes do campus I e ambulatório da universidade também receberam placas solares, desde o final de julho deste ano, com estimativa de geração de 13.119 KWh/mês e 12.297 KWh/mês, respectivamente. “Como o sistema de geração de energia solar da universidade é on-grid, a quantidade de energia elétrica que não é consumido imediatamente após sua geração (autoconsumo), é enviada à distribuição da concessionária de energia elétrica local, Energisa”. 🔎On-grid é quando a quantidade excedente de produção de energia elétrica é injetada na rede da concessionária de energia elétrica. Já off-grid é quando a energia elétrica excedente é armazenada em baterias ou banco de baterias, segundo o engenheiro eletricista. Mais de nove mil placas solares instaladas no campus II da Unoeste em Presidente Prudente (SP) Unoeste/Reprodução Neste caso, a quantidade que “sobra”, gerada pela Unoeste, é utilizada por outras unidades consumidoras (UC), como casas e comércios da região de Presidente Prudente. “A energia solar é uma fonte de energia renovável e inesgotável (sustentável). Ao contrário dos combustíveis fósseis, o processo de geração a partir dela não emite gases poluentes nocivos à saúde e contribuem para o aquecimento global”, reforçou. Já o método de como funciona a energia solar passa por diferentes etapas, conforme o engenheiro eletricista Ednei, desde a captação pela luz do sol, transformando a corrente contínua, captada pelas placas, em corrente alternada e injetada no gerador/consumidor ou na rede da concessionária de energia. Ao todo, os dois campus da Unoeste somam 9.670 placas solares, sendo 9.334 placas de 335W no campus II; 162 placas de 605W no ambulatório do campus I e 174 placas de 605W no ginásio de Esportes, também no campus I. Placas solares instaladas no ambulatório do campus I da Unoeste em Presidente Prudente (SP) Unoeste/Reprodução Geração distribuída e ‘carport’ No interior de SP, Sorocaba (SP) também conta com grandes empreendimentos voltados à energia solar. Um deles é o sistema “carport” (uma estrutura de estacionamento coberta com painéis solares fotovoltaicos) que foi considerado o maior do país no ano de instalação, em 2023. Localizada no bairro Alto da Boa Vista, a usina tem capacidade de gerar energia suficiente para suprir o consumo médio de duas mil residências populares. Enquanto em 2025, a prefeitura de Sorocaba divulgou a usina de energia fotovoltaica instalada no Parque Tecnológico, em que a unidade vai gerar 10 GWh/ano, ocupando uma área de mais de 53 mil metros quadrados e capacidade para atender aproximadamente 3.400 casas/ano. Usina tem capacidade de gerar energia suficiente para suprir o consumo médio de 2 mil residências Divulgação Veja mais notícias no g1 Presidente Prudente e Região VÍDEOS: assista às reportagens da TV TEM

FONTE: https://g1.globo.com/sp/presidente-prudente-e-regiao/noticia/2025/11/04/uso-de-energia-solar-cresce-no-oeste-paulista-e-tem-retorno-rapido-para-quem-investe.ghtml


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