Acusados de maus-tratos contra 23 cães em Iracemápolis são condenados a 4 anos de prisão

  • 03/11/2025
(Foto: Reprodução)
Local onde os cães eram mantidos, em casa de Iracemápolis Reprodução Dois acusados de manter 23 cachorros de raça em situação de maus-tratos, em uma casa de Iracemápolis (SP), foram condenados a quatro anos e seis meses de prisão em regime semiaberto. Eles negam as acusações. Cabe recurso contra a decisão. Segundo a acusação, no dia 7 de fevereiro desete, investigadores da Polícia Civil compareceram no imóvel e constataram que os animais estavam em local insalubre, expostos as ações do tempo, bem como ficavam em um corredor pequeno e divididos em baias, com apenas uma casinha de plástico. Também segundo os agentes, havia um sapo morto e baratas no corredor. São dez cachorros da raça shih tzu, quatro da raça spitz alemão, um pequinês, cinco pinschers e três pugs. 📲 Siga o g1 Piracicaba no Instagram Um laudo produzido por uma médica veterinária apontou que todos estavam em situação de maus-tratos e com doença periodontal. Também foram constatados casos de anemia, otite fungica, verminose, diarreia com sangue, dermatite, processo inflamatório, congestão hepática, desidratação e infecção de urina. Em depoimento, a veterinária também disse que eles apresentavam muita fome e tinham fezes grudadas nos pelos. "Não é possível que, se, de fato, os animais fossem bem cuidados, apresentariam a quantidade de problemas detectados nos laudos. Alguns problemas, aliás, são indicativos de negligência, como falta de vacina e limpeza como verminose e diarreia com sangue", afirmou o juiz Guilherme Lopes Alves Lamas, da 2ª Vara Criminal de Limeira (SP), em trecho da sentença. "A reprovabilidade das condutas dos acusados atingiu patamares incomensuráveis, dado o alto grau de sofrimento físico e psicológico que impuseram ao grande número de animais", acrescentou Lamas. Dentes de um dos cães resgatados Reprodução Filhotes custam entre R$ 4 mil e R$ 5 mil Réus na ação, Gilberto Alessandro Vital e Othon Monteiro Ferreira FIlho argumentaram que acolhiam animais de rua. No entanto, a veterinária que produziu o laudo pericial relatou que o valor de cada filhote das raças dos cães mantido no local é entre R$ 4 a 5 mil. "A tese de que os réus acolhiam animais 'de rua' é inverossímil, pois não é crível que tantos cães "de raça", com valores nas faixas de R$ 4 e 5 mil, tivessem sido 'resgatados' das ruas", argumentou o magistrado na sentença. A sentença também cita que os réus afirmaram que tudo teria sido "armado" para beneficiar ONGs, e que um dos cães de "baixo valor" não foi apreendido. Segundo o juiz, isso não foi comprovado pelos acusados. Cães ficarão com ONG Após solicitação no processo, o juiz autorizou que a guarda definitiva dos animais passe a uma defensora dos animais que acompanhou o caso ou para uma instituição que atua na causa animal. Segundo a decisão, após os tratamentos de saúde, os animais devem ser destinados a adoção responsável. O magistrado também permitiu que os réus recorram em liberdade, como já vinham respondendo pelo caso. O que dizem os acusados O g1 entrou em contato com Gilberto, que informou que deve se manifestar em detalhes nos próximos dias, após conversa com o advogado do casal. Mas ele adiantou que possui provas de que nunca houve maus-tratos, que possui relatos de testemunhas que frequentam a casa, de vizinhos, e de médicos veterinários que acompanhavam os animais. Ele também nega que se tratava de um canil clandestino e reforçou que o casal acolhia animais de rua e tirava dinheiro do próprio bolso para isso. Veja os vídeos que estão em alta no g1 VÍDEOS: tudo sobre Piracicaba e Região Caminhão tomba em ribanceira de rodovia em Piracicaba Veja mais notícias da região no g1 Piracicaba

FONTE: https://g1.globo.com/sp/piracicaba-regiao/noticia/2025/11/03/acusados-de-maus-tratos-contra-23-caes-em-iracemapolis-sao-condenados-a-4-anos-de-prisao.ghtml


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